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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

CAPÍTULO 3 – O INÍCIO DE UM PESADELO

Vários zumbis estavam espalhados por alí. Mas felizmente eles eram lentos, pude passar por eles tranqüilamente, ou quase. Havia carros destruídos lá, e havia apenas uma única porta, que, para o meu azar, estava trancada.

- Que droga! - Pensei - Preciso achar um jeito de abrir essa porta.

Do outro lado, havia uma cabine. Entrei rapidamente evitando contato com os zumbis e comecei a procurar por algo que fosse útil para abrir aquela porta. Não foi difícil encontrar uma chave que estava sobre uma mesa na cabine. Tentei abrir a porta com ela, e consegui. Tive sorte sobre aquilo.
Mais zumbis estavam do lado de fora. Esses estavam mais perto de mim, se eu tentasse desviar, como fiz com os primeiros, correria o risco de levar uma mordida. Usei a arma que encontrei no porta-luvas da viatura para tentar acabar com eles. Meu irmão me ensinou a manusear vários tipos diferentes de armas. Eu sempre achei que aprender tudo aquilo era inútil e desnecessário, mas ele achava que eu devia saber usar uma arma, se caso fosse necessário um dia. Agora vejo que ele estava certo.
Era uma grande vantagem para mim aqueles monstros serem lentos, porém eles eram fortes, e não se deixavam abater com um simples tiro. Dei três tiros no peito de um deles. Nada aconteceu. Eles apenas davam um pequeno tranco no local do tiro e continuavam de pé. Eles deviam ter um ponto fraco. Mas onde poderia ser?
Logo á frente havia uma escada, que dava em uma expécie de heliporto ou algo parecido. Pude ver chegando um helicóptero. Era azul e branco, com as siglas "R.P.D. Provavelmente da polícia local. Um homem vinha se aproximando do local. Estava ferido, com uma tala em seu braço direito. Tentava acenar para que o helicóptero descesse.

- EI, DESÇAM AQUI! RÁPIDO! - Gritava o homem.

- Eu não posso descer! - Dizia o piloto do helicóptero por um auto-falante. - Vou baixar uma escada de corda.

Instantes depois, uma escada de corda foi descendo do helicóptero.

- Vamos, só mais um pouco! - resmungava o homem.

Este, por sua vez, não percebeu que haviam dois zumbis se aproximando enquanto ele acenava para o helicóptero. Morderam-lhe um dos braços, mas ele conseguiu se afastar.

- Me solte! - Gritava num tom de desespero.

Correu para perto de uma parede e começou a atirar nos zumbis com uma metralhadora que carregava.

- Para trás! Não chegue mais perto!

Os zumbis o ignorava enquanto ele atirava. Iam chegando cada vez mais perto.

- Para trás!

Os zumbis o atacaram violentamente, e ele acabou caindo. Com a metralhadora automática ainda disparando, acabou atingindo o helicóptero, que começou a cair. Caiu exatamente sobre o homem e os zumbis, causando uma grande explosão.
Infelizmente, o helicóptero estava completamente destruído. Lá se foi uma chance de sair dalí. Continuei logo á frente, depois de entrar em algumas portas. Encontrei alguns cartuchos de munição e os guardei comigo.

***

Entrei em todas as portas possíveis que estavam abertas na procura de itens que fossem úteis. Dentre eles, encontrei um alfinete, um lança-granadas, algumas munições, uma válvula, que possivelmente usaria para abrir um registro e apagar o helicóptero em chamas, e um medalhão com um símbolo de um unicórnio.
Depois de passar por algumas portas, cheguei ao Hall do local. Era a Delegacia. Combinei de me encontrar aqui com Leon. Agora era necessário encontrá-lo.
Desci por uma escada de emergência que havia alí. O Hall era bem grande. Havia computadores, algumas portas e uma grande estátua, aparentemente de uma deusa, e logo abaixo um círculo, que possivelmente encaixaria o medalhão que encontrei. Minha intuição estava certa. Uma pedra que estava na estátua começou a se mover, e saiu de dentro dela uma chave. Se estava em um esquema tão secreto, obviamente era importante guardar aquela chave.
Voltei ao heliporto, e abri um registro, fazendo com que uma caixa d'água estourasse com a pressão e apagando as chamas do helicóptero. Procurei algo nele, mas as chamas destruíram tudo o que havia dentro.
Quando ia voltando para dentro da delegacia, pude ouvir um estrondo forte, tão forte que lascas de pedra caíram das paredes. Boa coisa não devia ser. Era algo bem grande, deduzi. Então, por precaução, me armei do lança-granadas e fui abrindo a porta cautelosamente. O velho telhado de madeira começou a cair, quase em cima de mim. Haviam estilhaços de vidro espalhados por toda parte.
Então, pude ouvir passos fortes que se aproximavam e senti um arrepio na espinha. Então, pude ver o maior dos monstros. Tive pesadelos com ele por um bom tempo. Era parecido com um homem, porém tinha um aspecto bizarro. Era alto e forte e vestia um sobretudo acinzentado. Fiquei pasma ao vê-lo, afinal, o que era aquilo?
Ele se aproximava cada vez mais, com passos lentos e fortes. Atirei nele com o lança-granadas até que toda a munição acabasse. Ele parou por um instante, cambaleou um pouco e caiu, aparentemente morto. Inspirei aliviada. Não sei como consegui manter a calma. Aquele monstro iria realmente me matar! Corrí daquele lugar antes que aquilo levantasse novamente.

***

Minha cabeça agora estava a mil. Agora eu teria que me preocupar com meu irmão desaparecido, sair da cidade e escapar daquele monstro. Aliás, será que ele morreu? Continuei seguindo em frente, até que cheguei em uma sala que dizia "S.T.A.R.S".
Assim que entrei, dei de cara com Leon, que segurava um livro, ou algo do tipo.

- Leon!

Ele se aproximou de mim, sua expressão era séria.

- Me alegro em ver que você ainda está viva! - dizia com um sorriso no canto da boca, porém sua expressão logo voltou a ficar séria. - Mas, além de tudo, acho que não vamos encontrar seu irmão aqui.

Meu coração acelerou por um instante. Então ele me entregou o livro que segurava. Era um diário. O diário do Chris. Não li tudo, apenas folheei, e li algo que dizia que ele foi para a Europa com outros membros do S.T.A.R.S.

- Não há mais motivo para ficarmos aqui, portanto, vamos pegar todos os sobreviventes que encontrarmos e sair daqui.

Disse Leon, com uma voz séria e comandante.

- Certo. - Concordei.

- Ah, uma última coisa: aqui tem um rádio. Pegue-o. - Disse me entregando um rádio. - Assim podemos manter contato se for preciso.

Leon saiu da sala. Eu continuei lá por um tempo. Precisava esfriar um pouco a cabeça. Pelo jeito, minha busca por Chris seria mais trabalhoso do que pensei.

***

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