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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

CAPÍTULO 11 – UMA CORRIDA CONTRA O TEMPO

No fim da passagem do duto de ar, havia um corredor, aparentemente dos controles da Umbrella. Quando ia me levantando, um som eletrônico soa, e, para mais uma vez o meu azar, era o veículo da Umbrella que voltara a funcionar e estava descendo com Sherry dentro. Parece que eu sou um imã de azar, sempre acontece algo pra ferrar com a minha vida.
Mas continuei meu caminho. No corredor haviam duas portas: uma delas era um elevador, que estava desligado. Sem ter muitas escolhas, entrei pela outra porta. Não encontrei nada de muito importante, só um pouco de munição para a Handgun e Granade Launcher, ao menos uma coisa boa, alguns inimigos e uma alavanca que acionava o elevador.
Entrei no elevador, que foi descendo, e encontrei mais alguns zumbis nus. Foi traumático, isso não vem ao caso. Apenas acabei com eles.
Toda a pressão de estar naquele lugar tendo que salvar minha vida e de Sherry estava me enlouquecendo. A última coisa que ouvi meu irmão dizer me atormentava. Eu estava a ponto de surtar, mas não iria perder as esperanças. Chris é minha única família e eu não iria perdê-lo dessa forma. Ao menos acabar com aqueles monstros era um meio de fuga para esquecer tudo aquilo, mesmo tendo muita pena de cada um deles, que eram pessoas inocentes, não mereciam morrer daquela forma tão terrível.
No lugar onde eu estava, aparentemente o pátio do laboratório da Umbrella, lá estava ele, o veículo. Porém Sherry não estava lá. E mais uma vez eu teria que procurá-la... Agora sim eu poderia espernear no chão e gritar como uma louca. Uma proposta tentadora que fiz a mim mesma, porém eu tinha que ficar firme até o fim.
Logo a frente, encontrei alguns corredores, mais algumas daquelas coisas chamadas de "Lickers", umas plantas gigantes que cuspiam ácido, quando achei que já vi de tudo... Mas encontrei uma sala de controle, com vários monitores, por onde pude ver cada lugar do laboratório. De repente, ouço uns passos, era Annette, que agora apontava uma arma para mim.

- Annette? - Perguntei confusa, afinal, achei que ela estava morta.

- Onde está Sherry? - Perguntou sendo objetiva.

Fiquei um pouco sem saber como lhe dizer que perdi Sherry de vista novamente.

- Mas eu perguntei a ela e ela me disse que nunca ouviu falar do G-Vírus antes.

- O que houve? Me diga! - Dizia correndo em direção aos controles dos monitores e ligando-os.

Em um dos monitores, lá estava Sherry, fugindo de alguma coisa.

- Sherry... - Annette parecia preocupada.

De repente, surge também no vídeo aquela coisa que tentara me matar várias vezes, e quase conseguiu. Estava perseguindo Sherry.

- Não...

Annette, no mesmo instante, correu em direção a porta por onde entrara.

- Annette! - Tentei chamá-la de volta.

- A amostra está dentro do pingente que Sherry está usando.

Já era tarde. Ela já havia fugido. Mas como era possível que Annette se importava mais com o G-Vírus do que com Sherry?... Era lamentável saber que existem pessoas tão egoístas a ponto de não se importar com os próprios filhos. Mesmo estando completamente horrorizada com a atitude de Annette, eu tinha que salvar Sherry. Corri o mais rápido que pude para o local.

***

No mesmo corredor em que entrei para ligar o elevador, lá estava Sherry, e aquele monstro, que a estava cercando.

- Sherry...

- Me ajude Claire!

O monstro deu um golpe, na tentativa de acertar em Sherry, porém ela conseguiu se esquivar. Com o golpe, o monstro acabou danificando alguns controles do local, fazendo tudo entrar em curto circuito.

- O monstro quer o seu pingente! - Gritei para Sherry. - Jogue-o para mim!

Sherry me obedeceu, e quando peguei o pingente, o monstro veio em minha direção. Essa era a hora de acabar com ele. Notei que embaixo de onde estávamos, havia um grande reservatório com o que parecia ser lava fervente dentro. Era minha oportunidade.

- Ótimo, agora corra Sherry!

Sherry entrou em um pequeno duto de ar.

- Venha pegar! Vamos! Eu tenho que você quer, venha! - Dizia atraindo a atenção do monstro. - Aqui, é o que você procura, certo?

O monstro se aproximava com chamas de ódio no olhar.

- Ótimo, então vai pegar! - Disse jogando o pingente para o reservatório de lava.

O monstro, por sua vez, saltou atrás do pingente, e caiu no reservatório, torrando.

- Otário... - Não resisti, debochei um pouco do gigante.

De repente, uma voz eletrônica soa ecoando em todo o lugar:

" O sistema de auto-destruição foi ativado! Repetindo, o sistema de auto-destruição foi ativado. O programa talvez não possa ser abortado. Todos os funcionários sigam para o transporte de emergência, na parte inferior da plataforma. "

Sem hesitar, obedeci a voz eletrônica, e sai do local. Achei que Sherry estaria me esperando quando saísse, porém não estava.

- Sherry, onde você está? - Tentei chamá-la. - Onde ela está?

***

Voltei para o corredor principal do laboratório. Até por lá a voz ecoava. Agora eu estava desesperada, o lugar estava prestes a explodir e Sherry estava perdida. Porém, assim que cheguei, lá estava ela, com Annette, que estava caída no chão.

- Mamãe, mamãe... - Sherry chorava sentidamente.

- Sherry... - Dizia Annette, com dificuldade. - Você tem que fugir... Eu sei que eu tenho sido uma péssima mãe, mas eu ainda te amo. Me perdoe...

Nesse momento, Annette dá seu último suspiro, e morre diante de Sherry.

- Mãe! - Sherry chorava ainda mais sentidamente.

- Sherry, nós temos que ir agora. - Não queria perturbá-la agora, mas era preciso.

Não perguntei a Sherry o que havia acontecido. Ela já estava sofrendo muito.
Em uma das mãos de Annette, havia uma chave, com algo escrito que dizia "chave mestre". Era a chave para a libertação. Agora nós corríamos contra o tempo, e o tempo estava quase se esgotando. Era hora de sair da cidade.

***

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