Páginas

sábado, 4 de fevereiro de 2012

CAPÍTULO 18 – UMA PASSAGEM PARA A LIBERDADE

Saindo da mansão, resolvi seguir por um pequeno portão pelo lado direito, na esperança de encontrar Steve novamente e pegar as Lugers. Porém antes, encontrei na frente da mansão um pequeno objeto brilhante. Era uma espécie de amuleto hexagonal com o desenho de um navio de guerra na frente. Apesar de parecer um objeto ordinário, resolvi levá-lo comigo, às vezes as coisas eram mais do que aparentavam ser. Seguí em direção ao pequeno portão. No local, havia um timão, que após eu ter girado-o, revelou um submarino subindo a superfície. Apenas entrei e acionei uns comandos do lado de dentro, que o fez descer novamente. Agora eu podia ouvir o som da água que estava ao redor do submarino. Até que passei por mais um corredor estranho e cheguei em outra sala, provavelmente uma sala de espera ou algo do tipo, que havia uma porta eletrônica logo a frente e uma sanfonada aos fundos. Alguns zumbis estavam por lá, mas nada como alguns tiros na cabeça para destruí-los, já estava ficando boa nisso. Na porta eletrônica, era uma espécie de hangar, que havia alguns controles e um avião, o que Steve citara na primeira vez que nos vimos. Porém para chegar até ele, era necessário ativar uma pequena plataforma que só funcionaria com o auxílio de três objetos hexagonais. Lembrei-me rapidamente do que eu acabara de encontrar, talvez fosse um sinal de que tudo aquilo estava para acabar e eu finalmente conseguiria sair daquela ilha. Ri um pouco aliviada e encaixei o objeto na plataforma. Agora só restava eu encontrar os outros dois. Apesar de eu não saber qual era o tamanho exato daquela ilha e não ter certeza se eu os encontraria, a vontade de acabar com tudo aquilo era maior, e não havia lugar para pessimismo no momento. Saí de lá e seguí pela porta sanfonada. Havia uma enorme ponte de ferro, da qual pude ver melhor o avião. Mais uma porta sanfonada à frente, dessa vez parecia ser um depósito. Mexi em um pequeno painel de comando a esquerda, e uma plataforma começou a subir. Gemidos começam a ficar mais altos, e de repente surgem da plataforma vários zumbis. Sempre vinha desgraça depois de um momento de sorte, fiquei muito aborrecida. Usei a mesma tática de sempre, os matei dando uns tiros na cabeça. Aquelas coisas já não me assustavam mais. Eram lentos e fracos, então eu podia acabar facilmente com eles. Pelo menos ganhei maturidade em controlar meus medos com os últimos acontecimentos. Sobre uma caixa na plataforma, encontrei um cartão. Apenas guardei-o e saí dalí.

***

Saí da área da mansão e voltei algumas áreas, até que cheguei em um grande pátio. De repente, um tremor muito forte começa do nada, seria um terremoto? Então vejo se aproximar o chão com algo embaixo. Eis que surge uma minhoca gigante. Sério, de todas as coisas bizarras que eu havia visto, jamais imaginei que até uma minhoca iria querer me matar. Me esquivei e entrei na primeira porta que vi. Estava em uma casa, aparentemente. Subi umas escadas ao meu lado e entrei numa porta a frente. Era uma pequena sala de observação de um pequeno laboratório. Não havia nada lá, apenas alguns arquivos sobre a mesa. Já ia me retirando eis que um alarme é acionado, e uma luz vermelha começa a piscar do lado de dentro de um vidro logo à frente. Fui andando cautelosamente para espiar o que era, e um homem pula no vidro do lado de dentro, me dando um susto horrível. Ele batia no vidro desesperadamente, tentando sair dali.

- Eu não consigo abrir a porta! – Disse, tão desesperada quanto ele.

Então, algo salta sobre sua cabeça e o mata na minha frente. Foi horrível. Saí correndo dali, com medo daquela coisa querer me matar também. Quando saí do local, outro alarme surge, e uma voz eletrônica anuncia:

“Contaminação de risco biológico detectada, nível 3, as portas de emergência serão fechadas. Evacue do local imediatamente!” Então vi uma porta eletrônica pronta para fechar a passagem. Quase rolei das escadas, mas consegui, por um triz, escapar dali.

- Ufa, foi por pouco.

Me levantei e entrei por uma passagem no lado oposto ao que eu acabara de sair. Ao chegar no fim do corredor, aporta sanfonada por onde eu entrei, que antes estava aberta, desce, fechando a passagem. “E essa agora...” Pensei. Resolvi me recompor e entrei na porta logo a minha frente. Havia outro pátio com alguns tambores. Então, percebo em meu braço e já subindo para minha cabeça, novamente aquela luzinha vermelha. Era Alfred novamente. Me esquivei do tiro, e subi correndo umas escadas para tentar alcançá-lo. Ele, como era de se esperar, fugiu como um covarde. Vi que não valia a pena perseguí-lo, então apenas o seguí. Era um corredor de madeira, haviam duas portas no final. Em uma delas era apenas uma sala de descanso. E eis que nela encontro um frasco do remédio Hemostático. “Não é o remédio que o guarda precisa?” Pensei. Resolvi guardá-lo para levá-lo ao guarda mais tarde. Saí da sala e fui em direção a outra porta. De repente, a porta sanfonada por onde entrei se fecha rapidamente, me deixando presa. Então, ouço aquela risada irritante do Alfred por uma caixa de som:

- Bem vinda, Claire. – Dizia num tom irônico. – Considere-se agora dentro de um especial campo de jogos que eu preparei apenas para você. Por favor, tente me divertir, e não me decepcione morrendo logo. Eu seria muito grato por isso.

Novamente solta aquela risada horrível, agora ainda mais tosca e ridícula. Quase me fez rir se aquilo que ele acabara de me dizer não me intrigasse tanto. Qualquer coisa vindo daquele louco era preocupante. Fui abrindo cautelosamente a porta. Não saberia dizer ao certo se aquilo era um depósito. No chão, encontrei um par de Submetralhadoras automáticas. Poderia usá-las no trato com Steve. Porém estava descarregada, e as munições estavam sobre umas cabines na parte debaixo do depósito. Havia uma escada de ferro a direita. Foi seguindo em sua direção, quando escuto o som da porta trancando e uma porta sanfonada começa a se abrir. De repente, sai dalí uma criatura pavorosa. Sua coloração era amarelada, tinha uma anatomia um pouco humana, não tinha um braço, e o outro braço que tinha era enorme. Mais um palavrão me veio a mente ao ver aquela coisa, afinal eu não sabia o que esperar dele. Tentei correr descendo as escadas, porém, para minha surpresa, aquela coisa saltou muito mais rápido que eu lá para baixo com o seu braço enorme. Dei vários tiros em seu rosto, até que ele deu um grunhido e finalmente caiu, morto. Fiquei muito mais aliviada. Já ia entrando por uma porta que estava aberta alí quando outro deles salta por trás de mim. Nem tive tempo de me armar, e aquilo me agarrou pela cabeça com o seu braço enorme. Não estava conseguindo me soltar, e já achei que eu iria morrer. De repente, alguém salta de uma janela alta, já atirando naquela coisa. Era Steve, que trazia consigo as Lugers. O monstro me soltou, e me fez cair bruscamente no chão. Enquanto sofria com um torcicolo tremendo, Steve apenas matou o monstro.

- É, isso foi demais! – Dizia pra si mesmo.

Steve vinha se abaixando perto de mim.

- Não se preocupe, Claire. Seu cavaleiro em armadura brilhante está aqui.

Notei que as Lugers ainda estavam com ele.

- Se você diz... – Dizia já me levantando. – Mas valeu pela ajuda.

- Viu? É por isso que você precisa de mim perto de você. – Ele era muito convencido.

- Tanto faz. Aqui, toma isso. – Dizia lhe mostrando as submetralhadoras. Resolvi fazer uma brincadeira com ele, já que ele fugiu com as Lugers e para ele deixar de ser convencido.

- Metralhadoras? Pra mim? – Dizia empolgado.

- Você lembra do nosso trato, isso é em troca das Lugers.

- Haha, ok!

Finalmente consegui as Lugers douradas. Steve continuou:

- Essa coisa é demais! – Dizia, ainda empolgado. – É! Agora esse é o meu tipo de arma! Beleza!

De repente apertou o gatilho, e nada saiu. Apenas o som da arma descarregada.

- Hã? – Dessa vez foi um tom completamente frustado.

Não agüentei. Ri muito da cara de frustração dele.

- Ei, isso aqui está vazio. Você me enganou... – Eu ainda ria.

- Lá em cima tem muita munição, só pra você. – Já havia parado de rir.

- Nós vamos lá?

- Me dê uma forcinha que eu vou buscá-la pra você.

- Tá bem, tá bem. – Steve dizia num tom de pressa.

Ele ficou em posição de engatinhar e eu subi em suas costas para pegar a munição da metralhadora.

- Ai! Minhas costas! – Reclamava. – Sua pesadinha, seria melhor eu pegar. Vai rápido!

Que abusado. Ele estava me chamando de gorda ou o que?! Steve ia se levantando, com uma das mãos nas costas.

- Feliz agora? – Disse, entregando-lhe a munição.

De repente a plataforma em que estávamos em cima começa a descer, e novamente a voz de Alfred ecoa pelo lugar.

- Agora que o seu cavaleiro apareceu, ele pode juntar-se a você para terem uma morte descente.

O que será que Alfred nos reservava dessa vez? Era só o começo de um terrível jogo doentio.

***

Um comentário:

  1. Esse blog é incrível,realmente adorei.Está tudo sendo muito bem contado.Parabéns para a criadora dele e espero que continue assim,aguardo ansiosa pelo capítulo 19.Abçs!

    ResponderExcluir